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VENCEDORES DO CONCURSO LITERÁRIO 2011:

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- TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO - A verdade de Um falso Mundo - AUTOR: Luis Boa Nova Verdade

- TECNOLOGIA, NÃO TECNOLOGIA – Estilhas Coloniais, e mais na vida do Rio de Janeiro no século XXI - AUTOR:
Laton Tombé

Obras a publicitar em breve

sábado, 30 de março de 2013

Lançado no Dia 20 de Março com prefácio de Adriano Moreira e Ives Gandra Martins

O livro de Luís Bernardino, prefaciado, em sua edição portuguesa, por Adriano Moreira, um dos mais profundos conhecedores da África portuguesa e da comunidade internacional, traça um cenário futuro para o continente africano, no contexto mundial. O equilíbrio da economia entre países desenvolvidos, que se acostumaram a gastar além de suas forças, e dos países emergentes, que começam a conquistar novos espaços a partir da expansão de seus mercados internos e exploração de suas riquezas naturais, faz-se de mais em mais presente, abrindo perspectivas de uma integração, em patamar que jamais ocorrera no passado. Acentua, o autor, neste cenário, a importância da África, que vai, gradativamente, tornando-se um continente democrático, superando o que há um século era quase impossível imaginar, ou seja, as milenares guerras tribais de extermínio ou escravidão. No século XXI, deverá tornar-se um dos continentes mais relevantes para enfrentar os desafios colocados à humanidade, em que o esgotamento de certos modelos econômicos e a necessidade de readequação de costumes das nações mais ricas a uma nova ordem mundial levarão à predominância das jovens nações democratizadas desde o fim do século passado. Neste contexto, como realça Luís Bernardino, no brilhante estudo sobre Angola, as Forças Armadas, cada vez mais profissionalizadas, deverão exercer um papel preponderante de estabilização institucional, à luz do que ele denomina de trilogia do D (Defesa, Desenvolvimento e Diplomacia). Em especial, as Forças Armadas de Angola - hoje formadas em escolas preparatórias, em que o espectro do ensino é suficientemente abrangente para que seus oficiais tenham uma visão completa da conjuntura local e mundial - estão hoje preparadas para exercer esta função protetora da Constituição, propiciando o desenvolvimento da nação e da região, e auxiliando a manutenção da ordem, num cenário de paz e segurança. A experiência que ora vivenciam as FAs angolanas, há mais de meio século ocorre no Brasil, com a fundação da Escola Superior de Guerra, para militares e civis, e das Escolas Militares das 3 armas, como são a Escola do Comando e Estado Maior do Exército, a Escola de Guerra Naval e a Escola de Comando da Aeronáutica. Estes estabelecimentos, desde o fim da década de 80, mantem cursos especiais sobre a conjuntura brasileira e mundial para coronéis ou oficiais de outras armas de igual patente, os quais serão futuramente escolhidos e promovidos para oficiais em grau de general das três armas (general de brigada, brigadeiro e contra-almirante). Em tais cursos, no Exército, denominados de CPEAEX (Cursos de Política e Estratégia do Exército), os oficiais ficam na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, por 1 ano, recebendo de autoridades e professores de seus quadros e das mais variadas áreas do conhecimento, aulas de elevado nível, de tal maneira que, aqueles que vierem a ser escolhidos para o generalato estarão preparados, tendo conhecimento de todos os problemas mais relevantes nacionais e internacionais. São as escolas denominadas de “Escolas Preparatórias de Generais”. Esta formação, além do conhecimento próprio das ciências militares, permite que estejam preparados para enfrentar, num regime democrático, todos os desafios que, no artigo 142 da Constituição brasileira, denominada de “A Constituição Cidadã”, foram atribuídos aos militares, pois sua missão não é apenas a defesa da pátria, mas manter a ordem e a lei e, em eventual conflito entre os Poderes, por solicitação de qualquer deles, fazer prevalecer os princípios constitucionais. Trago estas considerações ao prefácio da edição brasileira de um livro muito bem escrito sobre as Forças Armadas angolanas e seu papel na estabilização e colaboração para a integração regional de Angola, pois a experiência brasileira parece ser, desde 2010, a mesma das Forças Armadas daquele país, o que demonstra ser o mundo atual, de mais em mais, voltado à integração e colaboração mútua entre os povos, as sociedades e os Poderes de todas as nações. O livro realça assim que a imagem antiga, cultivada e difundida pelos instigadores de revoluções - de atentados e do caos político, em que as forças armadas teriam uma missão quase dedicada à promoção de ditaduras, nos países emergentes -, está hoje completamente afastada, na maior parte das nações. Especialmente naquelas democráticas, em que a qualidade e a profissionalização de seus membros terminam por tornar as FAs instituições de integração, estabilização e desenvolvimento. Alegra-me, pois, neste breve prefácio, realçar o brilhante estudo de Luís Bernardino, assim como o preciso e esclarecedor prefácio do velho e querido amigo Adriano Moreira –une-nos uma amizade de quase 50 anos-, certo de que, no Brasil, o conhecimento do papel institucional das Forças Armadas angolanas, permitirá reforçar a percepção de que os países de língua portuguesa formam uma comunidade que transcende os nossos tratados de união, pois alicerçados naquela “maneira de ser do português no mundo”, que permitiu, no dizer de Adriano Moreira, a criação de uma civilização diferenciada. O livro mostra, assim, que os fundamentos que regem a filosofia militar brasileira, na profissionalização, preparação e missão das Forças Armadas, são os mesmos que, hoje, norteiam a formação das Forças Armadas angolanas, cuja função, como realçou o autor, é defesa, desenvolvimento e diplomacia no nosso país co-irmão.

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